As equipas do CAIC de Juvenis Femininos e Juniores Masculinos partilharam o mesmo resultado nos jogos que disputaram ontem tendo perdido por 3:0.
Do jogo da equipa feminina apenas sabemos que houve algumas mexidas nas posições das atletas e que o jogo foi equilibrado tendo a equipa dado uma boa resposta às alterações, que, no entanto, não foi suficiente para alcançar um melhor resultado.
Quanto à equipa masculina, apesar de uma melhor atitude global houve, na nossa opinião, dois factores que contribuiram para o resultado: alguns atletas ainda não interiorizaram que o voleibol também se joga, e muito, com os olhos, ou seja, não é ficar a ver a equipa adversária jogar e sim olhar onde estão os atletas do outro lado da rede antes de efectuar o gesto técnico, bem como interpretar a atitude corporal do adversário; por outro lado neste jogo a falta de sorte do CAIC, ou a estrelinha da sorte da AAE também contribuiu, mas como se diz "... A sorte protege os audazes" e atitudes complacentes não conduzem aos resultados que se pretende.
A falta de coerência entre o que fazem nos treinos e o que colocam no campo de jogo é sem dúvida assustadora e sem uma atitude mais audaz e aguerrida os resultados não aparecem.
1 comentário:
Uma questão de personalidade!
Não vou ser simpático nem politicamente correto. Nunca aqui escrevi desde o início deste blog. Mas o que se passou nos últimos dois jogos da equipa de Juniores Masculinos do CAIC, leva-me a querer partilhar algumas reflexões, que, obviamente são passíveis de crítica e discordância, mas são as minhas.
A equipa de Juniores Masculina tem uma irreal e incompreensível falta de personalidade individual e coletiva. Esta incompreensível caraterística é tão mais estranha quando se sabe que grande parte dos seus atletas são alunos de referência no Colégio. Como é entendível que um jovem que se supera no percurso académico à força do trabalho, esforço e confiança, não consiga transpor estas caraterísticas para a competição desportiva?
Só uma explicação é possível. Falta de personalidade, com convencimento de que a "culpa" do resultado nunca é nossa. Mais grave ainda, o convencimento de que jogar do modo que nos dá mais "jeito" é o modo correto, passando por cima das indicações que são, treino a treino, transmitidas pelo treinador.
A equipa de Juniores Masculinos é uma equipa que gosta muito de ver jogar voleibol, esquecendo-se, dentro do campo, que eles são os participantes do jogo e não espectadores que estão na bancada.
Os jogadores da equipa de Juniores Masculinos, não tem como principal objetivo fazer pontos, mas sim tentar perceber, em pleno jogo, se a bola que vai ser passada, lhes permite fazer um "grande" ataque; e é sempre melhor estar a ver o ataque que o adversário faz, do que estar preocupado em fazer uma boa receção para que o colega possa contra atacar.
A cultura da vitória é feita através de uma personalidade ganhadora, através de humildade que não subserviência, através de não arranjar desculpas fáceis de que os outros treinam mais do que nós, ou são mais altos, ou tem mais jeito, ou, ou , ou. Não. Convençam-se! Se querem ganhar tem de ter personalidade e trabalhar como equipa, independentemente de um atacante passar um jogo inteiro sem atacar uma bola (que chatice), mas, com a sua ação, conseguir que a sua equipa faça pontos. Não há pontos individuais no Voleibol; não há bons jogadores sem sofrimento, dor e sacrifício; não se ganham jogos só por que se tem uma grande vontade de os ganhar.
No entanto perdem-se jogos, porque não gostamos de fazer, ou não nos dá tanto jeito, o que o treinador nos diz, ou porque somos subservientes em relação ao adversário, ou porque estamos sempre a pensar que no próximo é que é.
Concluindo, enquanto a equipa de Juniores Masculinos do CAIC, não entender as regras básicas da competição, enquanto não entender que não existem vitórias individuais e que o coletivo é muito difícil de se atingir, enquanto não tiver uma personalidade coletiva forte, esta equipa só será uma "coisa" arranjadinha e simpática que, de vês em quando, consegue umas vitórias.
Espero que entendam a crítica construtiva que aqui está a ser feita. É a minha crítica. Mas se não a entenderem, tenham gozo a jogar voleibol.
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